Ataques contra cristãos deixam mortos e milhares de deslocados na Nigéria Grupos armados realizaram ataques coordenados contra cristãos entre os dias 24 e 25 de maio na região central da Nigéria, conhecida como Cinturão Médio. As ações violentas ocorreram nos estados de Benue, Taraba e Plateau, deixando mais de 120 mortos e milhares de deslocados. No estado de Benue, militantes fulani invadiram vilarejos ligados à igreja de Makurdi, em Gwer West, e mataram mais de 40 pessoas. O bispo Wilfred Anagbe, líder da igreja local, fez um apelo à comunidade internacional durante visita aos Estados Unidos. Em Taraba, jihadistas armados atacaram vilarejos na madrugada, matando pelo menos 42 pessoas. “Eles chegaram por volta das 2h, atirando aleatoriamente”, contou o sobrevivente Soja Emmanuel. Entre os mortos, 24 eram membros de uma congregação metodista, segundo confirmou o líder Ande Emanuel. No estado de Plateau, ao sul de Jos, homens armados atacaram um enterro coletivo, deixando dezenas de mortos. “Contamos 42 corpos antes do meio-dia de sábado. Isso vai além de tudo o que já vimos”, relatou um soldado que atuava no resgate. Milhares de cristãos fugiram para florestas e montanhas. Muitos não conseguem retornar para suas casas, destruídas pelos ataques. Famílias estão vivendo em acampamentos improvisados, sem água, comida e assistência médica. A situação tem gerado alerta internacional. “A perseguição na Nigéria chegou a um ponto em que é difícil registrar uma tragédia antes que outra aconteça”, afirmou John Samuel, especialista jurídico da Portas Abertas na África Subsaariana. De acordo com a Lista Mundial da Perseguição 2025, mais de 183 mil cristãos foram forçados a deixar suas casas em 61 países no último ano. Na Nigéria, a violência é impulsionada por grupos extremistas que tentam implantar um califado, impondo a lei islâmica. Redação Exibir Gospel Fonte: Exibir Gospel