Como é ser um contrabandista de Bíblias no século 21? O mês de maio é especial para a Portas Abertas. No dia primeiro, a base no Brasil completou 43 anos e, no dia 11, o Irmão André completaria mais um ano de vida. O fundador da Portas Abertas disse “sim” ao chamado de Deus e contrabandeou milhões de Bíblias e literatura cristã para fortalecer cristãos perseguidos. O contrabando da palavra de Deus ainda é uma necessidade e acontece em diversos países onde há pressão e violência aos seguidores de Jesus. Há 25 anos, Daniel (pseudônimo) fez seu primeiro contrabando de Bíblias e até hoje abençoa cristãos perseguidos com literatura cristã e a palavra de Deus em seu próprio idioma. Apesar de muitas experiências de livramento, assim como as do Irmão André, o seguidor de Jesus ainda fica ansioso com os possíveis resultados de entregar Bíblias em países muçulmanos.   Daniel costumava levar uma caixa cheia de livros até um país onde o equipamento da alfândega não era grande o suficiente para identificar os objetos. Então, eles o deixavam passar com as Bíblias. Mas, na última vez, ele percebeu que haviam comprado um scanner novo, onde a caixa cabia.   “Sabe aquela sensação de quando você está dirigindo e precisa frear bruscamente porque o veículo da frente parou de repente? Foi o que eu experimentei. A adrenalina percorreu meu corpo e meus dedos formigavam”, revela o contrabandista de Bíblias.   O oficial da alfândega exigiu que Daniel colocasse a caixa no scanner. O homem apontou para a imagem na tela e perguntou: “O que é isso? Livros?”. Em seguida exigiu que o cristão abrisse a caixa.   Então, o oficial gritou que precisava de uma faca e outros colegas se reuniram ao redor da caixa para ver o que havia dentro. Até que um homem chegou com uma faca de açougueiro, mas a lâmina se soltou e quase atingiu Daniel, que estava atrás dele.   O cristão caiu de costas e todos os oficiais riram do acontecido. O oficial com a faca se desculpou e disse: “Eu não estava tentando matar você!”. Então, alguém ajudou Daniel a se levantar, e os oficiais deixaram Daniel e sua caixa aberta de Bíblias passarem pela alfândega.   Quando o cristão olhou para trás pela última vez, viu que na tela do equipamento mostrava uma imagem da caixa com os livros claramente visíveis. Mas, milagrosamente, os oficiais não o interceptaram.   O milagre mais bonito  Daniel viu mais milagres, mas nenhum é mais bonito do que ver muçulmanos abraçando Jesus Cristo. Ele conta que um de seus colaboradores locais visitou um restaurante uma vez e testemunhou como uma jovem garçonete foi repreendida por um cliente por trazer sopa fria. Seu chefe a demitiu na hora, mesmo que o cozinheiro fosse o responsável.   “Quando o colaborador saiu do restaurante, a menina ainda estava do lado de fora muito chateada. Ele ofereceu a ela um emprego em sua empresa, falou com ela sobre sua fé muitas vezes e ela decidiu seguir a Jesus”, narra o cristão.   Apesar de ser considerado um herói por muitos cristãos, Daniel reconhece sua humanidade e diz que já pensou em parar de contrabandear Bíblias. “Minha vida é realmente complicada. Às vezes, eu quero desistir do meu ministério, sentar debaixo de uma figueira em algum lugar e envelhecer em paz. Eu pararia se não soubesse com certeza que essa é a vontade de Deus para minha vida. Mas ele confirma isso com tanta frequência – minhas ideias criativas para levar Bíblias, pessoas chegando à fé, ele reparando meus erros – Deus está intimamente envolvido”, conclui.   Doe Bíblias a cristãos perseguidos Daniel abençoa a vida de centenas de cristãos ao contrabandear Bíblias e você pode fazer o mesmo. Faça uma doação agora e presenteie um irmão perseguido com um exemplar da palavra de Deus.     Fonte: Portas Abertas