07/10/2025
06:03:25 AM
Cristão é absolvido após 23 anos no corredor da morte no
Paquistão
Na semana passada, a Suprema Corte do Paquistão inocentou do crime de blasfêmia um cristão
de 72 anos que já estava há 23 anos no corredor da morte. Anwar Kenneth será
solto em alguns dias após o veredito de que “uma pessoa nessas condições
mentais não pode ser considerada culpada desse tipo de crime”.
Ativistas religiosos presentes no tribunal causaram um tumulto ao ouvirem a
decisão dos juízes. Rana Abdul Hameed, conselheiro da defesa, disse que “o caso
de Kenneth abre precedentes para decisões semelhantes no futuro, o que é
uma ofensa grave para esses grupos”. Pressões de grupos de
advogados islâmicos foram intensas durante o julgamento, exigindo o
cumprimento da lei à risca, ou seja, que a pena de morte fosse cumprida.
Anwar Kenneth foi preso em 2001 por enviar cartas consideradas blasfemas contra
Maomé e o Alcorão. O crime de blasfêmia é punido no Paquistão com sentença de
morte. Em julho de 2002, a Corte de Lahore o sentenciou à morte depois de Anwar
declarar: “Deus é meu conselheiro”. Cinco advogados do Estado se recusaram a
representá-lo ao longo de duas décadas.
Quem é Anwar Kenneth
Reshma Bibi, irmã de Kenneth, o descreve como um intelectual
cristão com uma fé profunda. “Meu irmão foi professor em cursos bíblicos e
muitas vezes entrava em debates com seus amigos muçulmanos e outros líderes
religiosos. Ele comunicava suas ideias sobre religião por meio de cartas, mas
nunca foi desrespeitoso. Foi uma dessas cartas que usaram para tentar
silenciá-lo”, disse ela.
O Paquistão registrou 344 casos de blasfêmia desde 2024, de acordo com um
estudo do Centro de Justiça Social do Paquistão. Mesmo boatos de blasfêmia
podem fazer alguém ser vítima de violência.
Thomas Muller, um analista da Portas Abertas diz que “as leis de blasfêmia do
Paquistão são armas de perseguição há anos. Hoje, estamos testemunhando uma
onda de violência na qual meros rumores podem incitar ataques mortais.
Frequentemente, as cortes quase não fazem uma investigação digna dos casos
apresentados”.
O caso de Anwar destaca uma preocupação sobre como o Paquistão trata acusados
de blasfêmia que enfrentam algum problema de saúde mental. “A decisão da
Suprema Corte ajudará nos casos de diversos outros prisioneiros sofrendo de
condições psicológicas que estão pendentes há anos”, explica o advogado
Hameed.
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Fonte: Portas Abertas
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