08/11/2025
06:07:21 AM
Pais em risco: a perseguição aos homens cristãos
É evidente que a família está no centro da perseguição aos
cristãos. Aqueles que dirigem a violência religiosa deliberadamente atacam os
laços familiares e os papéis dentro da família como forma de destruir
o testemunho cristão na sociedade. Mãe, pai, irmão e irmã são todos
alvos.
Especificamente no contexto masculino, a perseguição procura pastores, que são
predominantemente homens. Esse papel os expõe especificamente ao risco de
perseguição por assassinato. Na Nigéria,
um ciclo brutal de violência ceifa sem cessar a vida de líderes
cristãos.
No início de maio, por exemplo, o pastor Philip Oigocho estava pegando o ônibus
para liderar um culto de oração à noite depois de uma semana exaustiva quando
um grupo de jihadistas o atacou. Um dos agressores perguntou especificamente em
hausa, “Ina Pastor Philip ne?”, que significa “onde está o pastor
Philip?”, contou uma testemunha a jornalistas. Ao todo, quatro homens foram
assassinados, incluindo o pastor. “Para a família e os dependentes do
pastor, sua morte pode desencadear outras formas de trauma e insegurança”,
observa Rachel Morley, analista da Portas
Abertas.
“Dependendo da escala e da natureza do ataque, a esposa e os filhos podem ter
que fugir. Eles podem acabar em campos de deslocados internos, onde enfrentam
novos riscos, como exploração sexual. E, para a família da igreja do
pastor, é uma mensagem: ‘Você e sua comunidade não estão seguros’. Esse medo
pode ser usado para provocar mais deslocamentos”, conclui a analista.
Destruindo o papel de protetor
Quando o papel
social do homem como protetor é atacado, distúrbios psiquiátricos, vícios e
até abandono de responsabilidades podem ser consequências de longo prazo.
Cruelmente, depois de um ataque, o “fracasso” de um pai em proteger pode ser
duramente julgado pela comunidade, em vez de ser visto como vítima da
perseguição.
Em 2023, Mercy (pseudônimo) foi uma das várias mulheres que
sofreram violência sexual nas mãos de uma multidão meitei violenta na Índia.
Ela testemunhou seu pai e irmão serem espancados até a morte ao tentarem
protegê-la. O marido de outra vítima descreve sentir-se assombrado por sua
“incapacidade”. “Sinto tristeza e raiva por não ter conseguido fazer nada. Não
pude salvar minha esposa nem os moradores da vila. Isso parte meu coração”, ele
desabafa.
Acusações arbitrárias
Mas nem toda perseguição contra homens é violenta. Casos jurídicos arbitrários
também são usados para intimidar pais cristãos e destruir a vida familiar. A
família de Li Jie, no Norte da China,
sofreu despejo, ameaças legais e detenção secreta por quatro anos por
alegações inventadas sobre Li Jie de “liderar quadrilhas criminosas”, “incitar
à subversão do poder do Estado” ou “negócios fraudulentos”.
É um ataque que consome a vida familiar. O acusado provavelmente perderá o
emprego ou relações comerciais. Com o aumento dos custos legais, as famílias
caem na pobreza. Para as crianças, o estigma de ter um “pai criminoso” é
brutal. Para as mães, o terror, a vulnerabilidade e a separação prolongada são
um fardo psicológico exaustivo. A perseguição
jurídica não apenas pune um homem por sua fé, também enfraquece os
laços familiares que transmitem a fé entre gerações.
Uma oração pelos pais da Igreja Perseguida
Senhor de todo consolo, esteja presente com nossos irmãos
que são presos injustamente, vítimas de violência e dificuldades econômicas por
causa do seu nome. Protege-os em sua vulnerabilidade, fortalece-os quando não
puderem proteger suas esposas e filhos. Cura as feridas do trauma que
permanecem em seus corações e mentes. Cerca-os com amor e faça com que nunca
esqueçam de que são amados por sua família em Cristo em todo o mundo.
Amém.
Fonte: Portas Abertas
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