07/08/2025
06:00:09 AM
Pastor pentecostal condenado por abuso sexual ao
‘exorcizar demônios’
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Walter Masocha, de 61 anos, ex-líder da Igreja Ágape para
Todas as Nações, foi condenado por múltiplos crimes sexuais cometidos contra
duas mulheres no Reino Unido. A decisão do júri do Tribunal Superior em
Livingston foi anunciada nesta semana, confirmando sua culpa por tentativa de
estupro, agressão sexual e agressão indecente ocorridas entre 2006 e 2012.
Masocha, originário do Zimbábue, está sob custódia até a sentença definitiva,
marcada para 28 de julho.
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Entre as vítimas está uma mulher que tinha 20 anos quando o
abuso começou, conforme relatado ao tribunal. Hoje com 39 anos, ela afirmou que
Masocha dizia que “Deus a havia entregue a ele” e a proibia de se relacionar
com outros homens. O abuso teria ocorrido em encontros descritos por ele como
“cirurgias espirituais”, nos quais alegava agir sob orientação divina.
Em um dos episódios narrados, o ex-pastor tentou violentá-la
sexualmente em seu quarto, chegando a abaixar suas roupas. A vítima contou que
conseguiu escapar após resistir. Outro episódio citado envolveu contato íntimo
forçado em uma mansão de Masocha em Sauchieburn, avaliada em mais de £500 mil.
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O marido da vítima confirmou ter confrontado Masocha de
acordo com a tradição do Zimbábue, que exige prestação de contas dos mais
velhos. Segundo ele, Masocha se prostrou diante do casal e afirmou: “Sinto
muito por ter te amado demais”.
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A segunda vítima, de 58 anos, contou que procurou o líder
religioso para interceder por seu marido em questões imigratórias. Ela relatou
que, durante o encontro, Masocha alegou que ela era um “presente de Deus” e a
tocou indevidamente sob o pretexto de expulsar demônios. Conforme seu relato,
ele dizia que se tratava de uma troca espiritual: “bênçãos por obediência”.
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Durante o julgamento, o promotor Michael MacIntosh afirmou
que Masocha abusava da confiança de mulheres que o viam como um guia
espiritual. O réu, que se autodenominava “profeta” e “homem de Deus”, negou
todas as acusações e sustentou que as mulheres estavam mentindo.
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Masocha fundou a Igreja Ágape em 2007, após atuar como
professor de contabilidade na Universidade de Stirling. O ministério cresceu
para mais de 2 mil membros, com congregações espalhadas pelo Reino Unido,
Estados Unidos, Canadá e países africanos. Ele assumiu o título de arcebispo e
vivia, segundo documentos do processo, um “estilo de vida internacional”,
visitando igrejas e realizando pregações pelo mundo.
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Essa não foi a primeira vez que Walter Masocha enfrentou
acusações na Justiça. Em 2015, ele foi considerado culpado por tocar de forma
imprópria uma diaconisa e uma estudante sob o mesmo pretexto de exorcismo. Na
ocasião, foi condenado a prestar serviço comunitário e incluído no registro de
criminosos sexuais, mas a decisão acabou sendo anulada posteriormente por erro
judicial.
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A juíza Susan Craig, responsável pelo julgamento atual,
revogou a fiança e afirmou que os crimes demonstraram um “comportamento
terrível”. Ela determinou a elaboração de relatórios de antecedentes e
avaliação de risco para a definição de uma possível sentença estendida. A
expectativa é que o nome de Masocha permaneça no registro de criminosos sexuais
de forma indefinida, em função da gravidade e duração dos crimes.
Fonte: Gospel Prime
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