06/25/2025
06:05:22 AM
Polícia de Uganda impede massacre contra cristãos
A polícia em Uganda impediu
um grande ataque em uma das maiores peregrinações cristãs da África no início
deste mês, evitando o que poderia ter sido um massacre entre centenas de
milhares de fiéis reunidos para as comemorações do Dia dos Mártires no Leste da
África.
Dois homens-bomba foram mortos em 3 de junho, perto da Basílica de Munyonyo, em
Kampala, enquanto se aproximavam da comunidade cristã histórica em uma
motocicleta. Eles estavam acelerando em direção aos fiéis reunidos para as
orações da manhã quando abatidos.
Explosão ensurdecedora
Testemunhas descreveram uma explosão ensurdecedora que deixou os civis
aterrorizados. As autoridades ugandesas confirmaram que uma operação baseada em
inteligência rastreava os extremistas há dias. Especialistas em segurança
acreditam que os dois faziam parte das Forças
Democráticas Aliadas (ADF), um grupo rebelde baseado na República
Democrática do Congo e afiliado ao Estado
Islâmico.
Apesar dos alertas de segurança, a peregrinação aconteceu normalmente. Canções
tradicionais, dignitários coloridos, um coral e o sermão ao ar livre reuniram
figuras políticas e líderes religiosos em oração com dezenas de milhares de
fiéis que caminharam centenas de quilômetros para adorar.
A peregrinação lembra os 45 jovens ugandenses executados entre 1885 e 1887 por
se recusarem a renunciar a Cristo. Os jovens eram pajens reais, cortesãos ou
funcionários públicos na corte do despótico e cruel rei Kabaka Mwanga II de
Buganda. Alguns deles foram arrastados de suas casas até o Santuário de
Namugongo para serem queimados. Outros foram brutalmente assassinados em
público.
Onda de ataques
“O Dia dos Mártires de Uganda é um dos testemunhos mais poderosos da unidade
cristã na África. A cada ano, vemos cristãos de várias denominações reunidos
como um só corpo para lembrar os 45 mártires”, disse Jo Newhouse (pseudônimo),
analista da Portas
Abertas da África Subsaariana.
“Agradecemos ao Senhor por sua proteção sobre aqueles que se reuniram em
segurança para comemorar esses fiéis testemunhos e oramos por paz e segurança
contínuas para a comunidade cristã de Uganda”, ela acrescenta.
Uganda tem sofrido um aumento nos ataques extremistas desde 2020, incluindo
o massacre
da Escola Lhubiriha, no qual 42 pessoas, entre elas 38 adolescentes,
foram mortas. Pesquisas da Portas Abertas revelam que mais de 90% dos cristãos
mortos por sua fé no mundo estão na África Subsaariana. Mais de 16,2
milhões de cristãos estão deslocados por causa da violência e dos
conflitos no continente.
Desperta África:
pelo fim da violência e início da cura
Líderes cristãos de toda a África pedem um milhão de orações
e assinaturas da petição para combater a violência contra cristãos na África
Subsaariana e fortalecer a igreja na região. Responda a esse clamor! Assine aqui.
Fonte: Portas Abertas
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